Roubo ao Porto de Fusha! Um assassino emerge.

Saindo de trás de um dos vários arbustos que ocultavam a trilha da antiga estrada de fuga dos piratas, Lost com o pirata que ele abatera á poucos minutos no bar em suas costas, chega novamente ao porto da Vila Fusha, que devido ao horário se encontrava praticamente deserto a não ser por um ou outro pirata que bêbados demais caíam aos poucos no chão, desmaiado à medida que o álcool lhes tomava o controle. Naquela noite não haviam muitos navios aportados. Sendo que apenas três deles vieram a lhe chamar atenção. Um que Lost logo reconhecera como sendo o navio da Marinha em que viera escondido. E outros dois que se destacavam dos demais por parecerem mais nobres. Certamente um dos dois navios devia ser o do homem que ele carregava, pois devido aos cálculos do rapaz, alguém com jóias tão raras a mostra não deveria andar por aí em uma jangada.

Caminhando entre os poucos navios que estavam aportados no local, o rapaz parecia não acreditar em como alguém conseguia viajar daquela forma. Realmente quem se arriscava á navegar pelo mar com aqueles navios de terceira tinha muita coragem. Aquilo não suportaria nem mesmo uma chuva fraca. Quanto mais uma tempestade igual as que costumavam ter nas proximidades da Grand Line. Olhando desanimado para aqueles pedaços de madeira mal feitos, tudo o que Lost podia sentir era pena. "Pobres imbecis... Se soubessem o que os aguardam não se arriscariam com isso" Pensa o rapaz que com uma cara de desaprovação seguia para o local em que um dos navios que lhe chamara a atenção estava aportado. Ele era menor que o outro, mas ainda sim não se equiparava com os demais, que mais pareciam serem botes salva-vidas perto dele. Retirando o corpo adormecido do pirata de suas costas, o rapaz colocando um dos braços do homem em seu pescoço e segurando-lhe pela cintura como um conhecido ou amigo faria se põe a entrar no navio que á primeira vista parecia estar vazio.

- Tsc... Piratas...Diz o rapaz com desprezo ao olhar para os vários barris de rum vazios que rolavam de um lado para o outro com o balançar das ondas.

Levando o homem para um dos aposentos, Lost o joga sobre uma das camas e então se põe a procurar por algo que lhe auxiliasse em seu "trabalho". O quarto não tinha muito luxo, sendo composto apenas por duas camas de solteiro, uma pequena escrivania que se apertava com uma pequena estante cheia de livros dos quais na maior parte tratavam de mapas e rotas alternativas para evitar a Grand Line, e um pequeno armário onde haviam dezenas de pistolas das quais o rapaz pensava seriamente em pegar algumas"emprestadas". Remexendo nas gavetas da escrivania, o rapaz sem sucesso procurava por uma corda ou então alguma fita isolante que pudesse ser usada para tapar a boca do homem e amarrá-lo á cama. Porem, não encontrando nada, Lost com uma de suas adagas, corta o lençol de uma das camas em várias tiras. Das quais ele usa quatro para amarrar os pulsos e tornozelos do homem e uma para amordaçá-lo. É verdade que isso não iria lhe segurar por muito tempo caso o pirata viesse á acordar. Mas pelo menos com isso ele ganharia algum tempo para poder vasculhar mais tranquilamente o navio á procura de compartimentos secretos ou algum cofre oculto.

Pegando no armário uma pistola marrom com detalhes em ouro puro, Lost se retira do aposento. Por sorte, se lembrando de antes pegar o colar de ouro incrustado de rubis que rodeavam o fino pescoço do homem que agora se via amordaçado e amarrado sobre sua cama. O corredor do primeiro andar do navio estava frio. E a iluminação era quase ausente. O que veio á obrigar o rapaz á pegar uma das lamparinas que estavam penduradas nas entradas dos quartos. Seu fino e antigo piso de madeira ao entrar em contato com os pés de Lost rangia alto como se estivessem podres. O que de certa forma viera á lhe facilitar a vida. Pois com o piso produzindo aquele som irritante ao ser pisoteado, o rapaz podia ouvir qualquer um que se aventurasse á andar por aquele navio. Contente por sua sorte finalmente ter mudado, Lost com um imenso sorriso estampado em sua face volta a caminhar á procura de mais coisas que pudessem lhe render algum dinheiro.