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[RP] A Maldição do Navio Fantasma

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Mensagem por Erick Seg Jan 19, 2009 1:20 am

off- Kai, eu não sabia onde ao certo devia postar, mas acho que aqui é mais apropriado. Se estiver errado, mova-o, acho que podes fazer isto. Antes que digam, eu tenho permissão para começar assim.

O pôr do sol no horizonte dava ao oceano uma visão ainda mais bela. Toda aquela imensidão azul sendo iluminada pela grandiosa estrela que agora ia embora. Entre tantos outros navios que pelo mar navegavam, apenas um se aproximava solitário de uma pequena e misteriosa ilha. Era uma embarcação de madeira, como de costume, de porte grande. Não tinha uma bandeira, mas havia um detalhe que o diferenciava de outros navios: a estatueta de cristal esculpida na frente da embarcação. Outro ponto muito importante daquele navio, era que apenas dois tripulantes ali presentes eram humanos, possuíam vida. Sim, tratava-se de um navio fantasma.

- Chuck! - Um rapaz de cabelos loiros gritava, enquanto corria de uma extremidade à outra do navio, balançando os braços frenéticamente.

Enquanto corria, o jovem passava no meio de vários homens de aspecto não muito amigável. Muitos deles com cicatrizes na cara ou com acessórios um tanto bizarros. Quando pareceu encontrar quem queria. o rapaz parou de correr e deu um sorriso maroto. O homem que estava diante dele mantinha uma expressão séria, fixando seus olhos negros nas órbes castanhas do jovem.

- Erick, o momento está chegando
. - O homem dizia com um ar preocupado, desviando o olhar da ilha que se aproximava.

Chuck não era muito alto, alcançava um metro e meio no máximo. Era barbudo e tinha cabelos longos e enrolados, sendo negros. Tinha a barriga um pouco "cheia" e um rosto um tanto castigado pelas duras batalhas que travara antes de sua morte. Sim, ele já não pertencia ao mundo dos vivos, mas aquela maldita maldição o prendia naquele barco, por toda a eternidade. Havia apenas uma coisa que livraria ele e toda a sua tripulação daquilo. E aquela era a missão de Erick.

- Eu sei, por isto mesmo estava de procurando.
- O jovem disse com uma expressão indiferente, achando aquela conversa um pouco dispensável. Sendo uma pessoa direta, tratou logo de dizer o que queria. - Que tipo de coisas eu vou enfrentar lá ? - Perguntou com receio.

- Não sei. - Respondeu rispidamente, virando a cara. - Não estou nem aí se são monstros, pessoas ou qualquer outra coisa. Apenas quero que nos traga o que pedimos e a tua recompensa será dada. - Chuck era egoísta, pensava apenas no seu próprio bem, e também de sua tripulação, afinal, era o capitão daquele navio.

- Pois bem, se é assim que quer. - Erick nem se importou com o comentário do homem, pois com o pouco tempo de convívio, já havia acostumado-se com seu jeito de ser. Olhou em volta e viu todos aqueles homens observando-no, como se desejassem boa sorte, mas de uma maneira mais ameaçadora. Sentia pena deles, portanto iria enfrentar o que quer que fosse para livrá-los daquela maldição, ainda mais que a recompensa que lhe seria dada não era de se desperdiçar. Respirou fundo e disse em voz alta, quase gritando, para que todos ouvissem - Espero que estejam prontos para descansarem em paz, pois é isto que vai acontecer quando eu retornar. Torçam por mim, mesmo que não vão com a minha cara, pois lembrem-se que eu sou a única chance de vocês. - Depois silenciou-se e respirou fundo mais uma vez. - YOSH! LÁ VOU EU!

O navio já estava bem próximo da ilha, mas ainda não havia chegado no local apropriado para o desembarque. Erick nem ligou, correu para uma das extremidades da embarcação e saltou para o alto, como se quisesse voar. Os fantasmas todos olhavam-no, alguns com desdém, outros admirados. A outra única alma viva que ali restou apenas sorriu, pois tinha confiança naquele rapaz. A mulher de cabelos castanhos acompanhou-o com os olhos, viu quando ele caiu na água, e observou-o nadar para a ilha. A maldição estava cada vez mais próxima de acabar, e ela se sentia feliz por estar fazendo parte dessa grande aventura, que com certeza contaria para a sua família quando voltasse para casa.
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Mensagem por Erick Qua Jan 21, 2009 1:16 am

Se infiltrando floresta à dentro, Erick sentia-se cada vez mais perto do seu objetivo, afinal, já estava habituado a caçar tesouros, tinha um certo faro para isto. Não demorou muito para que ele encontrasse uma caverna em meio às árvores. Lá dentro, a escuridão predominava, mas não intimidava o jovem pirata, que seguiu rumo ao interior daquele local, que lhe reservava grandes surpresas. Durante algum tempo, Erick andou às cegas, guiando-se pelas paredes da caverna. Certamente era ali o refúgio do objeto referente à maldição, era um lugar bastante apropriado. Depois de algum minutos de caminhada, chegou à uma espécie de sala gigantesca. Os vários buracos no teto deixavam um pouco de luz entrar em certos pontos, deixando o ambiente mais agradável. No chão rochoso, diversos baús espalhados ocupavam grande parte do espaço, a cor daquele ouro encantava os olhos do rapaz. Outro detalhe, era que haviam vários esqueletos e espadas espalhados pelo chão. Mas não tinha tempo para perder com aquilo, precisava era achar o medalhão, antes que algo ou alguém lhe interrompesse. Seus olhos passaram por toda a sala, até se focarem num único ponto. Havia uma mesa prateada, na outra extremidade da sala, onde se encontrava uma caixa de metal com um símbolo peculiar ali gravado. Conforme a descrição que Chuck fez, era ali que o medalhão se encontrava.

- Yosh! Fácil demais! - Comemorou o loiro, correndo na direção da mesa, almejando alcançá-la o mais depressa possível.

Porém, para a sua infelicidade, havia um empecilho. Os esqueletos que ele pensava ser meros "enfeites" ganharam vida e começaram a se levantar. Todos eles portavam espadas, que antes repousavam também no chão. Surpreso, Erick logo viu que não tinha saída, precisaria derrotá-los. Consigo, o jovem pirata carregava duas armas. Do lado direito, havia uma espada embainhada. Nas costas, havia um bastão preso por uma espécie de 'bolsa', feita especialmente para ele.

- Vamos a isto! - Erick gritou, enquanto retirava o bastão das costas.

A arma que estava prestes a usar era um bastão bastante forte, feito de prata, banhado à ouro. Ganhara aquilo do seu pai, ainda quando criança, o que tornava-a bastante importante. Quando os esqueletos partiram ao ataque, vindo de várias direções, Erick correu para frente, procurando sempre estar mais próximo possível do medalhão. Assim que os seus adversários se aproximavam, ele investia contra eles, partindo vários de seus ossos. Sim, o jovem pirata adquirira uma boa força com seus treinos, já era o suficiente para quebrar aquelas criaturas feias ao meio. Porém, chegou um momento que os esqueletos o cercaram por completo, sendo inevitável que ele parasse de correr. Soltando um breve resmungo, Erick deu um giro, mirando a cabeça dos esqueletos mais próximos, que foram decaptados um a um. Infelizmente, ainda haviam diversos deles, o que deixava aquela missão um tanto cansativa.

- Aahh, vocês não acabam mais! - Resmungava, enquanto destruía-os um a um, tomando todo o cuidado possível para não ser atingido pelas espadas.

Inevitavelmente, Erick foi atingido, ganhando um corte na barriga. Gritou de dor, mas não parou as investidas, atacando agora com mais força devido à raiva daqueles seres impertinentes. O sangue já escorria um pouco e aquela dor apenas irritava-o mais ainda. Mas ele não perderia para aquelas criaturas, não enquanto tivesse controle do seu próprio corpo. Pouco a pouco, o número de esqueletos foi abaixando, até que restaram apenas 3, que se manteram na frente da mesa, com o intuito de interceptar o pirata. Erick ficou caído no chão, ofegante. Aquele corte lhe doía um pouco e o cansaço quase o dominara. Ao seu redor, vários fragmentos de ossos estavam espalhados ou amontoados, sendo aquele o resultado de todo o trabalho que o jovem teve.

- Eu venci todos estes... - Erick começou a se levantar, falando num tom sério aos três que restaram - Acham que vou perder para vocês?! - Perguntou ferozmente, partindo na direção dos últimos oponentes que restavam ser exterminados.

Quando chegou perto o suficiente, partiu contra um dos esqueletos, o da ponta direita, arrancando-lhe a cabeça com o bastão. O esquleto do meio tentou atacar o pirata com sua espada, mas o jovem foi mais rápido e desviou, pulando em cima da mesa, dando um poderoso chute nas costas da criatura, que desmontou-se e caiu. Restando apenas um, Erick sorriu, dando um grande salto para o alto. Quando seu corpo começou a cair, preparou-se para o grande final. Com o único e poderoso golpe de bastão, verticalmente, de cima para baixo, o pirata destroçou o esqueleto.

- Venci, noobs. - Falou, cheio de si, dando uma risada descontraída em seguida.

Olhou para o lado e viu a caixa metálica sobre a mesa. Abriu-a, sem qualquer complicação, e achou ali o objeto que desejava: o medalhão. Retirou-o dali e pendurou no pescoço, para que não o perdesse. Observou todos os ossos espalhados pelo chão e sorriu, satisfeito pela boa briga que tivera, embora cansativa. Guardou o bastão, e passou a mão sobre o seu ferimento na barriga. Provavelmente aguentaria suportar aquela dor, ao menos até chegar no navio.
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